História Trágica com Final Feliz
Criação de uma Experiência Feminista na Animação
DOI:
https://doi.org/10.23882/cdig.2409100Palavras-chave:
Animação, Cinema, Feminismo, SociopolíticaResumo
A animação é um espaço de maravilha e magia, mas também pode ser um lugar de resistência política e de consciencialização social. A animação pode ser todos estes lugares em simultâneo e, ao fazê-lo, abre portas a diferentes entendimentos da realidade e a uma consciência alternativa do mundo. Este artigo pretende analisar a curta-metragem de animação História Trágica com Final Feliz (2007), realizada por Regina Pessoa, como um caminho figurativo para refletir sobre a intersecção entre Animação e Feminismo. A construção de uma experiência feminista na Animação contemporânea, especificamente na Animação Portuguesa, é analisada tendo em conta um compêndio de ensaios sobre mulheres animadoras editado por Jane Pilling, Women & Animation (1992), e o pensamento de Chimamanda Ngozi Adichie sobre o Feminismo. O espaço animado em que a voz da mulher é reconhecida é também refletido com base no conceito de “Speaking Nearby” de Trinh T. Minh-ha (1992). Tragic Story with Happy Ending não tem uma abordagem explícita ao feminismo, mas ao revelar uma ampla consciência da natureza humana e ao refletir subtilmente sobre o que significa ser mulher, uma dimensão sociopolítica e uma experiência feminista emergem do seu núcleo.
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